Os computadores domésticos de hoje têm capacidade superior aos supercomputadores de uma década atrás. Mas o que se pode fazer fazer se deseja, ou precisa, de um supercomputador hoje, e não pode esperar dez anos para resolver os seus cálculos? Este é o caso de inúmeros pesquisadores, em escolas e institutos de pesquisas sem os recursos necessários para adquirir um supercomputador comercial.
Tim Brom, um estudante da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, auxiliado pelo seu professor Joel Adams, levou essa questão bem a sério e resolveu planear e construir o seu próprio supercomputador.
A um custo de US$2.570,00, eles construíram o seu Microwulf, um supercomputador quase portátil, certamente o mais pequeno e mais barato supercomputador do mundo. Construído com peças disponíveis no comércio, o Microwulf alcança a marca de 26,25 gigaflops – 26,25 biliões de operações de vírgula flutuante por segundo.
Isso torna o Microwulf mais de duas vezes superior ao famoso Deep Blue, o supercomputador da IBM que derrotou o campeão de xadrez Gary Kasparov, em 1997. O Deep Blue custava, sem considerar a inflação desde então, o preço de US$5 milhões.
O supercomputador portátil é formado por quatro motherboards dotadas de processadores dual-core, interligadas por um switch gigabit de oito portas. A disposição das componentes e as suas conexões em três andares torna o Microwulf pequeno o suficiente para poder ser carregado e colocado em qualquer ambiente que disponha de pouco espaço.
O supercomputador é considerado um cluster Beowulf, um grupo de computadores interligados, trabalhando de forma paralela para resolver um determinado cálculo e o melhor de tudo é trabalhar com software livre.
Todos os dados da construção do supercomputador caseiro estão aser disponibilizados pelos pesquisadores nos seus sites, o que permite que outros pesquisadores possam reproduzir este supercomputador.
Imagens deste computador podem ser analisadas aqui.
Fonte : Inovação Tecnológica