Os alunos matriculados na rede escolar da Rússia estão a ser treinados para utilizar o sistema gratuito de código aberto Linux num esforço para reduzir o custo de ensino de informática. Até 2009, todos os computadores nas escolas russas deverão estar prontos para executar o sistema operativo Linux – o que significa que o sistema de ensino não terá de pagar contas altíssimas para licenças de software proprietário, tal como ocorre com o Windows da Microsoft.
Alexey Smirnov, director geral da empresa ALTLinux, disse que as escolas russas antigamente tinham a tendência de instalar cópias ilegais de sistemas operativos da Microsoft, mas após a entrada da Rússia na OMC, a legislação tornou-se muito mais rigorosa e as escolas começaram a ser proibidas de agir desta forma. Foi tomada a decisão de comprar as licenças originais para todos os softwares a serem utilizados nas escolas, porém a enorme quantidade de licenças necessárias forçaram o sistema de ensino a optar pelo software livre. O Linux será testado inicialmente em três regiões russas, enquanto que em outras regiões terão a opção de instalá-lo como um segundo sistema operativo. Segundo Alexey Smirnov, o software livre é bom o suficiente para as escolas russas, mas um grande número de professores ainda não têm experiência com Linux ou em software livre, o que demandará inicialmente custos extras em conhecimento específico em Linux. A filosofia básica é não ensinar exatamente algum tipo específico de software, mas se os alunos aprenderem a usar o Open Office, facilmente compreenderão o Word, e vice e versa. Para ele o facto dos alunos russos serem treinados em programas de código fonte aberto não irão colocá-los em situação de desvantagem quando se trata de encontrar um emprego, pois estes sistemas já estão ser usados em muitas universidades russas e ainda revelou-se vantajoso para os programadores russos. Além das vantagens de ordem financeira, ou seja, não pagar somas absurdas por estas licenças, existe também a vantagem aplicada aos objetivos do projecto educacional, isto é, não querer pessoas limitadas ao uso de um determinado sistema informático.
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